sábado, 9 de outubro de 2010

Religião X Política. O retrocesso da democracia brasileira.


Tenho certeza que você que lê esse post, deve estar cansado de ouvir em política, religião, aborto, etc.
Mas a seriedade dos fatos ocorridos nos últimos dias no cenário eleitoral brasileiro é tão preocupante quanto possamos imaginar.
A história mundial nos mostra que o Catolicismo no alge do seu poder, comandava a todos com seus dogmas pesados de temor a Deus.Tais dogmas foram responsáveis por grandes massacres como as cruzadas e a caça as bruxas, entre outros.
Esse tipo de governo Medieval se chamava Teocracia.
Teocracia é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião, os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979.
Sempre que temos oportunidade repudiamos a intervenção da religião na política brasileira, levando-se em consideração que políticos por todos os cantos barram direitos, impões suas regras e nos ditam o que fazer, principalmente no que se diz respeito a Homossexualidade.
A última manchete pertinente desse mês é o caso do aborto.Quem disse ou deixou de dizer, quem é contra ou a favor, e o que isso influência nas eleições.
Dilma e Serra assumiram posições iguais no caso, embora o episódio tenha surgido com uma suposta afirmação de Dilma por ser a favor do aborto.
Após o boato, religiões protestantes e o catolicismo abriram fogo contra os presidênciaveis, driblando o processo eleitoral e levando o debate de idéias e solução para o Brasil para o buraco.
Mais uma vez a religião se torna uma grande manipuladora de resultados e opiniões.Dilma corre contra o tempo para reverter a perda de 47% dos votos do eleitorado evangélico, e Serra luta para vencer no 2º turno com esse eleitorado mais os de Marina.
Mas o caso aqui não é a corrida presidencial, mas sim a falta de comprometimento, não dos candidatos, mas sim dos partidos políticos de jogarem tudo para o ar, e partir para um debate religioso.
A questão que nos envolve e que apresento a baixo:

Bancada evangélica quer barrar o plano de direitos humanos
Com um número maior de políticos eleitos, a bancada evangélica no Congresso já definiu as prioridades: trabalhar contra a aprovação de propostas como a descriminalização do aborto e contra o PNDH-3 (Plano Nacional dos Direitos Humanos).
O grupo --que cresceu dos atuais 56 para 68 congressistas eleitos, segundo a frente evangélica-- tem como uma das metas trabalhar pela extinção do programa enviado ao Legislativo pelo governo.

Nessa pauta é que nós entramos e podemos ser muito prejudicados.Os líderes religiosos estão encurralando a democracia e a liberdade, e o governo durante esses 8 anos aderiu livremente.Se Serra ou Dilma entrar na presidência, é de obrigação dos dois, governarem para os brasileiros como um todo e não demarcar quem é apto a receber direitos.
Ninguém bate a nossa porta para nos isentar de impostos por sermos gays, porém no DF há muitos que estão  lutando para tirar nossos direitos conquistados e aniquilar os projetos pró-gay.


Não vamos deixar que essa erva daninha do fundamentalismo, autoritarismo e teocrático nos tirem o direito de viver como nação livre e feliz.


Por Erik

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